O Poeta e a Pena

Palavras escorrem
Enquanto os lábios se calam
A pena fere, faz sucos
E abre passagem
Para o que não foi ouvido

Palhaço

Hoje
Não haverá espetáculo
Sem brilho, sem risos
Sem graça

A bagagem

Ela sonhava
Em viajar
E conhecer o mundo
Juntos

Pequenos poemas

O que virá depois
Que um e um
Não forem mais dois?

Serial Killer ( e outros )

Matei o tédio
Matei o tempo
Matei a saudade

Espelho ( e outros )

Diante do espelho
Tomou uma decisão
O vermelho dos olhos
Que choravam
Agora é o vermelho
Que cobre os lábios

Quando te vi

A primeira vez que te vi
A vida mudou de cor
Me vi num lindo sonho
Me senti nas nuvens

Viver

Viver é sobre coisas
Sobre voar
Sobre sair

O Rei

Era uma vez um rei
Rei do que eu não sei
Em seu reino murado
Ninguém havia
Pura ironia

Ilusão

Entre tantas confidências
E cumplicidade
Me vi cada vez mais envolvido

Conceito do tempo

Tudo que eu sabia
Sobre o tempo
Agora não me vale

Sentindo o céu

Gosto de sentir o céu
Mesmo sem tocá-lo
Abrir os braços
E abraçar o infinito

Quando tudo isso passar

Quando tudo isso passar
Cada abraço terá mais calor
Cada beijo terá mais sabor

Cidade

Paisagem de concreto
Não sei ao certo aonde
Vou chegar

Simplicidade ( e outros )

Era pra ser simples
Duas pessoas que gostam
Mas vem o medo
E as incertezas
Orgulho e erros do passado
Não é tão simples
Mas era pra ser




___________


Teu charme é tanto
Que nem mesmo os céus
Resistem a seus
Encantos

__________

E talvez você queira
Ficar apenas de bobeira
Nós dois, a noite inteira
Falar de amor
Ou qualquer outra besteira

Mil razões

Eu tenho mil razões
Para não querer te ver
Você tem mil razões
Para me evitar

Nem todo

Nem todo caminho é reto
Nem todo ninho é teto

Primavera ( e outros )

E ela que era
A Primavera
Mas o Outono chegou

Esse tempo

E esse tempo
Que insiste
Em me contrariar

Na praça

Acho graça
Sentado ao teu lado
Na praça

Passarinho

Ei passarinho
Voe livre
Não quero ser
Gaiola pra te prender

Saudades da Infância

Saudades da infância
Quando a lua era de queijo